quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Para cada um seu modo de ver

Quando trabalhámos este poema tivemos de elaborar a banda desenhada. Alguns de nós fizeram-na usando o computador, enquanto outros desenharam no papel.


PARA CADA UM SEU MODO DE VER

Diz o carneiro:
Que saltos tão altos eu dou pelo prado,
se a erva está tenra e o Sol é doirado!

 Diz o cavalo:
Trabalho é Cansaço no pino do verão.
Eu gosto do Sol, tão forte é que não!

Diz a abelha:
Que venham depressa o verão e o calor,
pra haver mel mais doce do pólen da flor!

Diz o porco:
Nos dias chuvosos escolho uma cama,
bem rica e bem fofa, nos charcos de lama!

Diz o rato:
Com tempo de chuva, o gato (que bom!)
não sai da lareira, fazendo rom-rom!

Diz o pato:
Plos meses de inverno dá gosto nadar
nos campos que a chuva transforma num mar!

Diz a vaca:
A mim não me importam o Sol e o frio,
Se houver abundância de feno macio!

Diz o mocho:
De noite abro as asas e os olhos também,
e vejo ao luar melhor que ninguém!

Diz o gato:
À noite, se a Lua é minha aliada,
Não há um só rato que escape à caçada!

Diz o morcego:
Oculto nas torres, enquanto o Sol dura,
Eu fujo prá noite, se a noite é escura!

Diz a toupeira:
Na cova em que eu vivo, há sempre alegria,
Com Sol ou com Chuva, de noite ou de dia!


António Manuel Couto Viana,
Versos de Cacaracá, Texto Editores, 2010.


OS NOSSOS TRABALHOS:


Leonardo Jesus


Inês Henriques


Pedro Fareleiro


Vera Godinho


Marta Oliveira


Ricardo Simões


Duarte Luís

Pedro Madruga

Alexandra Lopes


Guilherme Antunes


Martim Palma



Rodrigo Nogueira

1 comentários:

Anónimo disse...

belos trabalhos

guilherme

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