Quando trabalhámos este poema tivemos de elaborar a banda desenhada. Alguns de nós fizeram-na usando o computador, enquanto outros desenharam no papel.
PARA CADA UM SEU MODO DE VER
Diz o carneiro:
Que saltos tão altos eu dou pelo prado,
se a erva está tenra e o Sol é doirado!
Diz o cavalo:
Trabalho é Cansaço no pino do verão.
Eu gosto do Sol, tão forte é que não!
Diz a abelha:
Que venham depressa o verão e o calor,
pra haver mel mais doce do pólen da flor!
Diz o porco:
Nos dias chuvosos escolho uma cama,
bem rica e bem fofa, nos charcos de lama!
Diz o rato:
Com tempo de chuva, o gato (que bom!)
não sai da lareira, fazendo rom-rom!
Diz o pato:
Plos meses de inverno dá gosto nadar
nos campos que a chuva transforma num mar!
Diz a vaca:
A mim não me importam o Sol e o frio,
Se houver abundância de feno macio!
Diz o mocho:
De noite abro as asas e os olhos também,
e vejo ao luar melhor que ninguém!
Diz o gato:
À noite, se a Lua é minha aliada,
Não há um só rato que escape à caçada!
Diz o morcego:
Oculto nas torres, enquanto o Sol dura,
Eu fujo prá noite, se a noite é escura!
Diz a toupeira:
Na cova em que eu vivo, há sempre alegria,
Com Sol ou com Chuva, de noite ou de dia!
António Manuel Couto Viana,
Versos de Cacaracá, Texto Editores, 2010.
OS NOSSOS TRABALHOS:
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Leonardo Jesus |
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Inês Henriques |
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Pedro Fareleiro |
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Vera Godinho |
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Marta Oliveira |
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Ricardo Simões |
Duarte Luís
Pedro Madruga
Alexandra Lopes
Guilherme Antunes
Martim Palma
Rodrigo Nogueira